A procrastinação não é falha de caráter, mas sim um hábito que pode se tornar prejudicial em todas as esferas da vida quando passamos a adiar tarefas importantes. Por envolver sentimentos incômodos, há uma recusa em encarar determinadas situações o que tentamos driblar fazendo tarefas menos importantes. É um comportamento complexo que pode estar ligado a vários fatores, incluindo problemas de regulação emocional, recompensas por adiar tarefas e dificuldades em resistir às tentações imediatas.
A procrastinação é um comportamento comum que muitas pessoas experimentam em algum momento de suas vidas e quando ocorre vez ou outra de forma consciente, principalmente quando envolve exaustão, falta de atenção ou que não envolvam prejuízos quando deixadas para depois, não há motivos para nos torturarmos, afinal temos nossos altos e baixos.
Ela pode surgir como uma resposta a emoções como ansiedade, medo, estresse e até mesmo tédio. Quando essas emoções surgem, é comum que as pessoas busquem evitar a tarefa que está gerando esses sentimentos, mas embora procrastinar possa parecer uma forma de evitar o estresse ou a pressão de concluir uma tarefa, a longo prazo, pode ter efeitos negativos em nossa produtividade, qualidade de vida e bem-estar emocional.
Mudar o que se tornou um hábito pode não ser tarefa simples e cada um terá que avaliar os motivos da sua dificuldade e onde ela começou. É uma mudança importante e necessária para não alimentarmos o ciclo "ocupados fazendo coisas que não precisamos para evitar fazer aquilo que realmente precisa ser feito”.
A psicoterapia pode ajudar a desenvolver habilidades que auxiliam as pessoas a identificar e mudar padrões de pensamento e comportamento. O gerenciamento das emoções causa um impacto significativo na compreensão e combate ao hábito da procrastinação.
@lanceanayapsic
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